Analisando mais de 10 mil exames por dia, plataforma de IA utilizada pela Dasa identifica mais de 40 doenças, entre elas vários tipos de tumor.

A tecnologia tem revolucionado a medicina nos últimos anos, permitindo a identificação de doenças de maneira mais precisa, assim como a recomendação de tratamentos mais eficazes. Nesse contexto, um dos campos que se beneficiou muito dessa evolução foi o da medicina diagnóstica, com um foco especial no manejo do câncer. Com a ajuda de ferramentas de inteligência artificial (IA), é possível, de maneira ágil e assertiva, detectar tumores em estágios iniciais, melhorando significativamente as taxas de cura ou sobrevida e o bem-estar dos pacientes.
“IA vem sendo aplicada no campo do diagnóstico e monitoramento do câncer por meio da análise de marcadores tumorais, que são moléculas produzidas naturalmente pelo nosso organismo, tanto por células saudáveis quanto por cancerígenas. Quando um tumor se desenvolve, algumas dessas moléculas podem ser produzidas em excesso, levando a níveis anormais no sangue”, explica o Dr. Márcio Nunes, coordenador médico do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, marca da Dasa em Minas Gerais.
Desde 2017, a Dasa tem investido no desenvolvimento de soluções próprias de IA, para tornar a experiência dos pacientes mais eficiente e personalizada. Uma das ferramentas implementadas com sucesso é uma plataforma de inteligência artificial baseada em Processamento de Linguagem Natural (NLP), capaz de analisar mais de 10 mil exames médicos por dia e identificar mais de 40 doenças, entre elas vários tipos de câncer. Quando o sistema detecta alguma anomalia, o médico responsável é notificado, para avaliar e acompanhar o paciente.
O Med-PaLM2 é outro modelo de inteligência artificial utilizado pela Dasa, que possibilita mais assertividade na identificação de doenças com laudos complexos. Utilizando exames de imagem, o sistema coleta respostas de um painel de especialistas em saúde e as processa para gerar respostas precisas e semelhantes às apresentadas por eles. O algoritmo é capaz de organizar e interpretar dados complexos, como descrições de doenças com múltiplas apresentações, por exemplo, nódulos hepáticos que podem ser cancerígenos ou benignos.
“A pesquisa sobre câncer foi uma das primeiras a explorar o potencial da Inteligência Artificial, devido à natureza da doença, que requer a integração de dados clínicos e informações sobre o paciente para uma tomada de decisão precisa. O futuro da medicina está cada vez mais conectado à tecnologia”, destaca o médico.